Faltando apenas algumas horas para a estreia de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1, a mídia brasileira continua divulgando novas críticas do filme.
Dessa vez, foi o blog Sala de Cinema do portal ClicRBS que expressou sua opinião sobre o longa, a crítica escrita por Felipe Alves foi positiva e destaca a maturidade da trama, a fidelidade ao livro e também elogia a direção de David Yates, assim como a fotografia do sétimo filme. Confira a crítica em notícia completa.
Continue atento no Oclumência para mais novidades a qualquer momento!
Crítica do Blog Sala de Cinema
Não há dúvidas de que Harry Potter é um fenômeno mundial. Levou milhões de crianças, adolescente e adultos aos livros da britânica J. K. Rowling, aos filmes que reproduziram a série literária e virou um lucrativo produto de marketing. Mas mais do que isso agregou fãs devotos à saga, que cresceram ao lado de Harry e seus amigos, esperando ano a ano pelos novos livros e filmes.
A estreia de hoje nos cinemas mundiais, Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1, é a reprodução cinematográfica de metade do último livro da série e não deixa dúvidas: Harry Potter (Daniel Radcliffe) cresceu e o filme é um (bom) prenúncio do que virá a seguir. Como todos os outros, é fundamental saber de toda história para entender o novo filme. E mais do que isso: tem que estar atento aos detalhes e ter sempre em mente os acontecimentos passados (apesar de que a maioria dos fãs já sabe até dos acontecimentos futuros no filme, pois o último livro foi lançado em 2007).
Harry cresceu, e com ele, seus amigos Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson). E por isso mesmo a narrativa é mais densa, pesada. Aquele menininho órfão de 11 anos em A Pedra Filosofal ainda é o mesmo, mas agora sua batalha para encontrar e destruir as horcruxes e acabar com Lord das Trevas (Ralph Fiennes) está cada vez mais perigosa. As trevas dominam o filme inteiro. Desde o começa do longa o clima de tensão é evidente, seja na reunião de Voldemort (que se encontra bem sorridente) e na investida dos aurores e amigos de Harry para levá-lo a um lugar seguro. O diretor David Yates tem realizado um ótimo trabalho captando o espírito mais sombrio e aterrorizador da história, em que, desde o quinto filme, A Ordem da Fênix, ele fez de Harry (assim como o fez Rowling) um adulto.
O filme se mostra exatamente o que parecia ser: um prenúncio do que virá na segunda parte. Por vezes é um pouco lento, com seus tons reflexivos e emotivos, mas tudo para contrabalançar com o terror que envolve toda a trama, com as investidas de Nigini, a cobra de Lord Voldemort, os ataques de Bellatrix (a sempre ótima Helena Broham Carter) e, claro, a rápida luta com Voldemort. Mas apesar de conter poucas e ligeiras cenas de ação em relação aos outros filmes, Harry Potter e as Relíquias da Morte vai além da ficção mágica e surge então um tom mais realista – seus personagens são cada vez mais humanos, os sentimentos estão mais à flor da pele e os seres encantados são cada vez mais fáceis de absorver durante a trama.
Por isso mesmo o filme é um dos mais fiéis ao livro, que vai, ao poucos, ganhando mais cenas de ação, mas sem nunca deixar aquele aspecto sombrio de lado. Mas a verdade é que são quase duas horas e meia de filme que não chegam a cansar o expectador (talvez se o 3D fosse utilizado isso acontecesse).
Sempre em climas dramáticos, Yates soube como quebrar o gelo em várias cenas, com as piadas no mundo dos trouxas e dos gêmeos Fred e Jorge, e até com cenas novas, que vão costurando a trama e caracterizando os sentimentos dos personagens. A fotografia dá o tom certo ao filme, aliada à direção de arte e à trilha eletrizante. A cena em que Hermione conta a história dos Três Irmãos e das Relíquias da Morte, é muito bem feita, utilizando um modo narrativo até então nunca empregado na série (melhor não falar para não estragar a surpresa).
São tempos difíceis para Harry Potter. Ele terá que enfrentar Voldemort de qualquer jeito. Se Hogwarts e seus vários personagens/alunos/professores, a família Dursley e todas as tramas paralelas são deixadas para trás no filme, o trio de amigos Harry-Ronie-Hermione ganha o maior destaque em todos os longas da série.
Apesar de muito fiel ao livro e da acertada divisão do livro em dois filmes, Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 deixa muitas, muitas pontas soltas. Mas parece que tinha que ser assim. Pois a segunda parte, que só chega aos cinemas em junho de 2011, dará conta de acabar de vez com a história e explicar todas as dúvidas que a Parte 1 deixou – a não ser, é claro, aquelas que a própria Rowling deixou pendentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário